Não existe mais a vida como conhecíamos. O que era normal antes, mudou completamente. Com isso, a forma de se comunicar ganha novas configurações e outros propósitos – com isso, os negócios precisam encontrar seu caminho.
Já falamos aqui que, para se manter relevantes, as marcas, que nesse momento estão em segundo plano da atenção das pessoas, precisam adequar seu posicionamento, apostando em ações para geração de valor intangível, sem apelo de venda direta – sem espernear por atenção. Mas como comunicar tudo isso? Conte a história da sua marca.
Não há melhor maneira de se conectar com as pessoas do que passar um relato adiante, uma informação, uma prosa. É natural, como Yuval Harari mostra no livro Sapiens. Nossa espécie evoluiu também pela capacidade de imaginação, ao criar e transmitir informações.
“(…) a ficção nos permitiu não só imaginar coisas como também fazer isso coletivamente. Podemos tecer mitos partilhados (…). Tais mitos dão aos sapiens a capacidade sem precedentes de cooperar de modo versátil em grande número (…). Foi o surgimento da ficção que possibilitou que um grande número de estranhos pudesse cooperar de maneira eficaz por acreditar nos mesmos mitos. Toda cooperação humana em grande escala — seja um Estado moderno, uma igreja medieval, uma cidade antiga ou uma tribo arcaica — se baseia em mitos partilhados que só existem na imaginação coletiva das pessoas.” Harari, em Sapiens.
Uma das perguntas que mais ouvimos na Folklore é: mas vocês irão inventar uma história para nossa empresa? Não é bem assim. Existe uma metodologia que aplicamos na criação de uma narrativa de marca, porém tudo é baseado em verdades. O processo do storytelling é iniciado na estratégia de marca, que também é composto de elementos que são inerentes ao negócio. Então, a realidade é fundamento base da comunicação.
Um bom case é o Café Seis de Janeiro, projeto onde desenvolvemos desde nome até linguagem da marca. A narrativa da marca é toda baseada na Folia de Reis, que é uma tradição da Fazenda Limeira, onde o café é produzido. Todos pontos de contato da marca, nome, logo, embalagem, etc, transitam dentro desse universo exclusivo deles. Há inclusive um documentário, filmado na fazenda, que embasa tudo o que foi contado. É verdade, está no DNA. Só foi trazido à tona pela estratégia da marca e está sendo disseminado pela comunicação.
Há diversos outros exemplos de cases que trabalhamos para construir diariamente. A lapidação, manutenção e evolução dessas histórias é feita através de cultivo. É com frequência, sequência e coerência que vamos desenvolvendo a relação e o entendimento das pessoas com valores, atributos e essência de uma marca.
Você tá pronto para contar a história da sua marca?